sexta-feira, 23 de julho de 2010

Filosofando sobre arte e educação! Caminhos e descaminhos!!



Relembrando os velho tempos em que trabalhávamos para uma ong e éramos parceiros na incrível e dolorosa arte de escrever projetos ( principalmente sendo observados por uma chefe pouco amigável), eu e meu parceiro na "vida real", músico, professor e gourmet Aldo Delfino escrevemos este texto como parte de um de nossos trabalhos da faculdade de pedagogia... Pra variar filosofamos sobre arte!! Pra quem gosta do assunto: arte + educação, arte-educação ou educação pela arte!!

“Nas escolas de ensino formal normal, desde cedo inicia-se a técnica do “esquartejamento mental”, ali devemos ser apenas um homem pensante. As emoções devem ficar fora das quatro paredes da sala de aula, a fim de não atrapalharem nosso desenvolvimento intelectual. Os “recreios” e as “aulas de arte” são os únicos momentos onde a estrutura escolar permite alguma fluência de nossos sentimentos e emoções”. (DUARTE, 1996, p. pág 12).


O grande paradigma a ser superado na educação em nossos dias é a crescente necessidade de passarmos a considerar o ser humano em sua totalidade, valorizando os diferentes aspectos de sua personalidade fornecendo estímulos para o desenvolvimento de suas diversas potencialidades. Atualmente, cresce a importância da utilização de estratégias educacionais que possam suprir essas necessidades impulsionando o desenvolvimento integral do ser humano. Dentre essas estratégias, ganha força, atualmente, o emprego da arte na educação.
O crescimento da importância da arte nos processos educativos nos leva a uma reflexão crítica a respeito da sua utilização no ambiente escolar, dos resultados alcançados no ensino da arte e do seu impacto na formação integral de nossos alunos. Tem a escola e seus educadores conseguido valorizar nos alunos sua expressividade e potencial criativo? Temos sabido perceber, compreender e avaliar suas idéias sobre as linguagens artísticas? Temos desenvolvido nosso próprio percurso em artes de tal modo que conheçamos os conteúdos, os objetivos e os métodos para ensinar cada uma das linguagens artísticas? Temos tido suficiente bagagem teórico-conceitual para identificar o momento que cada educando vivencia em sua construção de conhecimento sobre a arte e fazer intervenções que lhe permitam avançar? Temos sabido incentivar a formação cultural de nossos educandos e ajudá-los a perceberem-se como sujeitos de cultura? Temos estimulado o desenvolvimento das diferentes potencialidades de nossos alunos? Enfim, estamos considerando nossos alunos em seus diferentes aspectos ou continuamos reproduzindo a lógica cientifica de fragmentar e compartimentar o ser humano, deixando de contemplar a relação entre razão e emoção?

Tatiana Prado e Aldo Delfino

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